sexta-feira, 2 de abril de 2010

CLEOPÁTRA DA MACEDÔNIA (331 - 325)

Cleópatra da Macedônia (354-308 a.C.) foi filha do rei Filipe II da Macedônia e de Olímpia do Épiro e irmã de Alexandre, o Grande. Foi regente do reino do Épiro, mas procurou assegurar seu lugar no cenário político da Macedônia e no mundo pós-Alexandre. Abaixo, efígies de Filipe II e Olímpia, pais de Cleópatra.
Em 337, aos dezoito anos, Cleópatra casou com o seu tio Alexandre I, o Molosso, rei do Épiro (que teria então cerca de vinte e oito anos), tendo o casamento servido como uma forma de fortalecimento entre entre a emergente e poderosa Macedônia e o incipiente reino do Épiro. Em 336, Filipe II foi assassinado durante a festa de seu novo casamento, tendo o seu filho e irmão de Cleópatra, Alexandre III, se tornado o novo rei da Macedônia. Cleópatra residiu nos anos que seguiram ao seu casamento no Épiro, onde deu à luz dois filhos, Cadméia e Neoptólemo. Em 331 a.C. o seu marido faleceu durante uma expedição militar na Itália e Cleópatra tornou-se regente, junto com a sua mãe Olímpia, em nome dos dois seus filhos, então menores. Os primos de Alexandre Molosso, Eácides e Alcetas, filhos do rei deposto Arribas, estavam aparentemente afastados da linha de sucessão. Abaixo, o reino da Macedônia e seus vizinhos quando da morte de Filipe II (336 a.C.).
De acordo com o costume epirota , a mulher tornava-se chefe de família se o marido morresse e seus filhos fossem muito jovens, algo que não acontecia no restante da Grécia. Então a rainha Cleópatra assumiu o reino. Após a morte de Alexandre I, uma embaixada ateniense, prestou condolências. Para surpresa de todos, no Épiro Cleópatra atuou mais no âmbito religioso dos molossos do que na política. Seu nome aparece em uma lista de pessoas que acolheram os embaixadores sagrados na recém-criada aliança epirota. Cleópatra é a única mulher na lista. Seus interesses políticos estavam voltados para a Macedônia.
Em 325 a.C., enquanto Cleópatra com seus dois filhos se deslocaram até à Macedônia, Olímpia tornou-se regente do Épiro. Nesta altura Alexandre, o Grande, encontrava-se nas suas campanhas militares no Oriente e deixou como regente da Macedônia o seu general Antípatro, que era odiado tanto por Cleópatra quanto por Olímpia. Cleópatra ambicionava tornar-se rainha da Macedônia, tendo conspirado para derrubar Antípatro, mas sem sucesso. Abaixo, santuário de Zeus em Dodona no Épiro onde Cleópatra exerceu liderança política e religiosa.
Com a morte de Alexandre em 323 a.C., Cleópatra foi incentivada pela mãe a casar com Leonato, um dos generais do seu irmão, mas este morreu numa batalha antes do dia do casamento.
Sempre com o objetivo de governar a Macedônia, Cleópatra e a sua mãe conspiraram para evitar o casamento de Pérdicas, outro general de Alexandre, com Niceia, filha de Antípatro. Pérdicas ficou noivo de Niceia, mas em segredo prometeu a Cleópatra que se divorciaria desta para casar com ela. A notícia do acordo secreto entre Pérdicas e Cleópatra gerou tensão entre Pérdicas e Antípatro; Cleópatra, que tinha viajado para Sardes na Lídia, Ásia Menor, em 322 a.C. com o objetivo de casar com Pérdicas, passou a ser vigiada para evitar a união.
Após o assassínio de Pérdicas em 321 a.C. (não se sabe ao certo se chegou a casar com Nicéia antes de morrer), os generais e sucessores de Alexandre, o Grande, Cassandro, Lisímaco e Antígono Monoftalmo, tentaram casar-se com a irmã do célebre conquistador, mas ela recusou a todos. Mas vivia uma espécie de cativeiro honrável em Sardes sob a vigilância de Antígono que governava a Ásia Menor. Abaixo, moeda do governo de Antígono I Monoftalmo.
Em 308, Ptolomeu, general de Alexandre, o Grande, que era agora o novo faraó do Egito, visitou a área do Mar Egeu. Cleópatra o conhecia muito bem: ele também tinha crescido no palácio de Filipe, seu pai, na Macedônia. Ela tentou escapar de Sardes e juntar-se ao amigo de sua juventude, no entanto, foi capturada, levada de volta a Sardes e assassinada. Embora Antígono tenha executado os assassinos e tenha dado a Cleópatra um belo funeral, a conclusão inevitável é que ele havia ordenado o assassinato. Sendo uma legítima princesa macedônica e irmã do maior conquistador do mundo, ela representava poder demais para permanecer viva.
Quando de sua morte, o Épiro já havia sido governado por sua mãe e pelos primos de seu falecido esposo Eácides e Alcetas II, no tempo do qual faleceu. Seu filho, Neoptólemo II, só governaria o Épiro seis anos depois de sua morte.

REFERÊNCIAS:
http://es.wikipedia.org/wiki/Cleopatra_de_Macedonia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cle%C3%B3patra_da_Maced%C3%B3nia
http://www.livius.org/cg-cm/cleopatra01/cleopatra_of_macedonia.html

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