ADMETO ( 470-430 a.C.)

Admeto (em grego: Αδμητος) (c. 480-430 a.C.) era rei dos molossos quando os persas invadiram a Grécia. Não consta como partidário nem de gregos nem de persas, mas após a derrota persa, Admeto procurou aliançar-se com Atenas no momento em que Temístocles (524-459 a.C.) era o governante efetivo (strategos) da cidade-Estado. Mas Temístocles negou a Admeto o pedido de ajuda e aliança alegando que Admeto não contribuíra em nada contra o inimigo comum. Abaixo, o mundo helênico em 431 a.C.

Mais tarde, Temístocles foi acusado de medismo (simpatia pelo governo persa sobre a Grécia) a semelhança de Pausânias, rei de Esparta. Sofreu o ostracismo e foi exilado em Argos. Temendo ser julgado por um conselho grego que se formava, Temístocles fugiu para a ilha de Corcira. Incapaz de permanecer em Corcira, Temístocles viajou para o Épiro e encontrou sua única esperança de refúgio na casa de Admeto. Como Admeto estava ausente, a esposa de Admeto, a rainha Ftia , recebeu Temístocles. Segundo a tradição, Ftia aconselhou a Temístocles a suplicar o favor do rei dos molossos com o jovem príncipe em seu colo, o que era considerado um gesto irrecusável de súplica. Abaixo, Temístocles e o Rei Admeto por Pierre Joseph Francois (1759-1851).

No seu regresso ao Épiro, Admeto garantiu a Temístocles  sua proteção. Admeto ouviu o pedido de asilo de Temístocles e perdoou-lhe o seu papel na negação de assistência do povo ateniense feita pelo Rei. Admeto se recusou a entregar Temístocles aos comissários espartanos e atenienses, que chegaram pouco depois. O pôs a salvo e enviou-o por via terrestre através do Peloponeso até a cidade de Pidna, localizada na costa do Golfo de Salônica. De lá, ele fugiu de barco para a Jônia passando pela ilha de Tassos e de Éfeso escreveu uma carta ao rei persa Artaxerxes I, em cuja corte terminou seus dias.

REFERÊNCIAS

http://en.wikipedia.org/wiki/Admetus_of_Epirus

http://es.wikipedia.org/wiki/Admeto_de_Epiro

http://el.wikipedia.org/wiki/Άδμητος_της_Ηπείρου

Los héroes y las grandezas de la tierra: (1855) editado por Fernando Patxot Ferrer. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=gIXzPf_ZFpEC&dq=Sabilinto&source=gbs_navlinks_s